segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Imagem do Brasil no Exterior: apelos e denúncias:

   A atitude tomada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) dia 10 de abril de 2014 quando decretou uma intervenção na organização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, significa, em poucas e duras palavras, no maior vexame do Brasil desde que foi eleito para receber o mega evento, no já distante 2009.
Nunca, vejam bem, nunca na história dos Jogos Olímpicos o COI precisou entrar em cena desta forma para assegurar que sua maior e mais badalada competição pudesse ser realizada. Nem Atenas e os conturbados Jogos de 2004 viveram algo semelhante.
Relembrando que Eduardo Paes disse que Rio 2016 deixará Barcelona “no chinelo”... Triste, apenas isso a dizer...
   O que o COI colocou perante à comunidade esportiva internacional foi a incompetência e falta de maturidade de dirigentes e políticos brasileiros para administrar e organizar um evento da magnitude dos Jogos Olímpicos. Fique claro também que esta análise não está contaminadas pelo famoso “Complexo de Vira-Latas” (argumento frequente daqueles que estão sempre vendo uma teoria da conspiração atrás de tudo), mas apenas constata o quanto ainda somos despreparados para encarar uma tarefa complexa, extremamente cara e que precisa ser tocada desprovida de vaidades.
   Por tudo isso, é de causar espanto as palavras do diretor-geral do Rio 2016, Sidney Levy, em entrevista à Folha de S. Paulo no dia 10, quando disse que as federações internacionais que reclamam dos atrasos às vezes exageram em suas solicitações.
Oi?
Como assim?
   Gente, é só dar uma rápida olhada nas tão grandiosas obras... E o que dizer da não divulgação da Matriz de Responsabilidade, que estipula as obrigações dos poderes Federal, Estadual e Municipal para com a organização e realização dos Jogos, a exatos um ano para a abertura do evento?
   Embora com palavras amáveis, o recado passado por Thomas Bach, presidente do COI, a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Rio 2016, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, e até mesmo à presidente Dilma Rousseff foi simples e direto: "Oi? Pessoal? Estamos assumindo para tentar evitar um fiasco!"
   Não acredito em risco de mudança de sede. Os Jogos Olímpicos de 2016 acontecerão no Rio de Janeiro, sem dúvida alguma. Mas ocorrerão com tudo feito às pressas e o sob vigilância constante do COI, com medo de novos atrasos. Se ainda há como salvar as Olimpíadas de um fracasso retumbante, o mesmo não se pode dizer da imagem do Brasil como organizador de um grande evento esportivo, irremediavelmente destruída depois do dia 10 de abril de 2014.
   Infelizmente, já disse e repito, nosso país é um dos mais corruptos do mundo, toda obra tem superfaturamento e só nos resta aguardar o dia em que isso acabará.
   Relembrando que Rio 2016 ignora apelos e denúncias de poluição e mantém competições na Baia de Guanabara.
   Faltando mais ou menos uma semana do marco de um ano do início dos Jogos Rio-2016, a poluição da Baía de Guanabara ganhou as manchetes do mundo todo. Uma investigação ainda apontou para a presença de "níveis perigosamente altos de vírus e bactérias do esgoto humano em locais de competições". Em função disso, ganha força uma campanha para que a competição de velas mude para Búzios, na Região dos Lagos...



adm: Beatriz Gil

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