Para começar a falar sobre as Olimpíadas, temos de abordar um assunto que preocupa boa parte da nossa nação... A tão importante baía de Guanabara.
Tal localiza-se no Rio de Janeiro e atualmente, conta com um tráfego intenso de navios, balsas, catamarãs e aerobarcos que ligam o centro do Rio de Janeiro à Ilha de Paquetá, à Ilha do Governador e Niterói.
A baía abriga dezenas de espécies em extinção. Entre as espécies que habitam ou procuravam a baía de Guanabara para se alimentar ou se reproduzir, destacam-se tartarugas marinhas, golfinhos, bagres, paratis, sardinhas, tainhas, entre outros... A baía integrava a rota migratória das baleias francas que buscavam as suas águas quentes para procriar, no inverno. Até ao século XVIII, a caça de baleias foi uma atividade expressiva na baía de Guanabara e os animais que entram/vivem na baía são muito prejudicados pela poluição, senão, mortos.
A baía atualmente agoniza, vítima da poluição dos esgotos domiciliares e
industriais, além dos derrames de óleo e da crescente presença de
metais pesados em suas águas. Embora as águas da baía se renovem em contato com as do mar, ela é a
receptora final de todos os efluentes líquidos gerados nas suas margens e
nas bacias dos 55 rios e riachos que a alimentam. Nos últimos anos a pesca diminuiu 90% e 53 praias perderam seus banhistas. Como foi publicado no Jornal do Brasil, as garrafas
pet se tornaram ameaçadoras por falta de preocupação. Toda vez que
chove, elas bloqueiam os rios e sujam muito as praias. As garrafas se
juntam ao lixo das embarcações que circulam na Baía. No dia 20 de junho
de 2004, uma grande quantidade de lixo atingiu a hélice e travou o motor
do aerobarco Flecha de Ipanema, que ficou à deriva por vinte minutos. O
passageiro João de Almeida Fernandes, de 69 anos, acabou tendo um infarte. Esse lixo, que tem como destino o mar, é consequência do
desrespeito e do consumo desenfreado da sociedade humana, e também, como já foi dito anteriormente, acaba
com algumas formas de vida marinha. Entre as fontes de poluição contam-se quatorze mil estabelecimentos industriais,
quatorze terminais marítimos de carga e descarga de produtos oleosos,
dois portos comerciais, diversos estaleiros, duas refinarias de
petróleo, mais de mil postos de combustíveis e uma rede de
transporte de matérias-primas, combustíveis e produtos industrializados
permeando zonas urbanas altamente congestionadas, porém na década de 1990 a baía foi premiada com um grande projeto de recuperação ambiental com verbas do banco Interamericano de Desenvolvimento e do governo do Japão, no entanto, infelizmente, o projeto encontra-se paralisado até hoje.
Para a alegria (ou não) de algumas pessoas o governo do Rio de Janeiro prometeu a despoluição da baía de Guanabara até 2016, mas é claro que falharam com isso também. Aparentemente, a política também lamenta o fracasso que tem sido a despoluição da nossa querida baía.
De acordo com
Pezão, é "lamentável" que o projeto não será concluído por falta de tempo e de recursos!
Espere,
RECURSOS?
Já foram gastos mais de
1,17 bilhões de dólares!
Isso mesmo, bilhões de dólares e o Pezão ainda diz que não há recursos... Essa é a triste realidade do governo brasileiro.
Em 20 anos, já foram gastos R$10 bilhões para despoluir a baía, que continua imunda.
"Não adianta achar que a Baía é só daqui do Rio. Há dezenas de rios que
desaguam nela oriundos de São Gonçalo e de toda a Baixada Fluminense.
Estamos fazendo investimentos nessas áreas para melhorar a situação", disse Pezão.
"A Cedae estava quebrada, quando
a PMDB chegou ao governo (do Rio, em 2006). Dava um prejuízo
mensal de R$30 milhões. Tivemos de sanear a empresa, isso levou tempo",continuou , acrescentando que esse problema afetou o investimento que
deveria ter sido feito na baía de Guanabara.
Nos resta saber como estará à situação das águas da Baía de
Guanabara durante a realização dos Jogos Olímpicos, pois a mesma será local de
disputa de provas de vela, uma das principais esperanças de medalha para os
brasileiros.
adm: Beatriz Gil